Hoje é dia de...

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Hoje é dia de... sorrir!

Dois senhores, amigos desde a infância e que nunca haviam andado de avião, resolveram ir viajar juntos. No meio do caminho, por culpa de fortes turbulências, o avião caiu. Os dois sobreviveram e foram internados num hospital. Um deles só pensava Puxa, mas que azar! Eu nunca andei de avião e, quando fui andar ele cai! enquanto o outro pensava Puxa, mas que sorte!Aviões dificilmente caem e quando caem quase nunca há sobreviventes. Eu nunca andei de avião e, quando fui andar consegui sobreviver! Seis meses se passaram e o primeiro senhor morreu devido a consequências da depressão que teve após o acidente. O outro se dizia renascido.

Existem vários tipos de dias: aqueles em que dá tudo certo e outros que tudo dá errado. É realmente bom quando temos um dia ótimo, mas quando não o temos, colocamos a culpa em qualquer coisa ou ser, menos em nós. Nós determinamos involuntariamente que tipo de dia teremos. O que determina quão bom será nosso dia é a frequência dos nossos pensamentos, em especial os involuntários. Eles funcionam no 'automático' do nosso ser e podem, acreditem vocês, serem manipulados.

Imagine uma situação em que você acorda com o despertador tocando. Você pode simplesmente acordar, como a maioria das pessoas, já reclamando pensando mas já está na hora?!Que droga! Você automaticamente teve um pensamento negativo assim que acordou. O seu cérebro acabou de ligar e você já está negativo! Não seria de se espantar se, no decorrer do dia, você derramasse café na roupa de trabalho ou não achasse a chave do carro. Não estou dizendo que um simples pensamento pode colocar o seu dia todo - e até mesmo sua vida, aumentando as proporções - na pior. Mas se você tem pensamentos ruins com certa frequência desnecessária, eles colocam você num estado negativo que, automaticamente, atrai tudo de ruim para você.

Por que então não tentamos ser positivos para tudo? Comece o dia com um sorriso, porque hoje é dia de... sorrir!

R.B.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Hoje é dia de... querer

Temos um problema sério com os nossos desejos. Nós não acreditamos que eles sejam justos. Deve ser coisa que aprendemos desde criancinhas: sempre duvidamos de nossos méritos. Ou seja, a gente duvida que mereça o que deseja. Mistura possível e impossível, isola rigidamente ficção e realidade.

Além dessa nossa formação, que nos enche de dúvidas, essa atitude não tem vergonha de ser defensiva. Se eu quero, mas sei que não vou conseguir (porque não mereço), eu sofro menos. Isso é resignação, a paciência com as injustiças.

Justiça, injustiça, merecimento... até que ponto a vida tem essa lógica? Até que ponto nós entendemos a lógica das coisas?

Imagine comigo: você tem um cachorro. Em dias de sol, você deixa que ele fique no jardim. Quando chove, você deixa a porta fechada. Será que o cachorro consegue compreender porque um dia ele pode e no outro, não? Será que ele entende que você tem mais tempo para brincar com ele no final de semana e que volta a acordar cedo e sair de casa carregando suas preocupações, na segunda-feira? Tivesse o cão uma maneira de pensar parecida com a nossa, ele acharia isso tudo muito injusto para com os desejos caninos dele.

Nós? Nós somos os cachorros do universo. Talvez seja melhor confiar que nossos desejos serão realizados, em um lindo dia de sol. De preferência, em um sábado.

domingo, 12 de junho de 2011

Hoje é dia de... falar de amor

Pobre amor, tão mal falado, até amaldiçoado por quem não conseguiu ainda capturá-lo.

Pobre amor, mal compreendido em sua grandeza – quem somos nós para compreender algo tão vasto? Nós queremos uni-lo à nossa vontade, ao nosso desejo, à nossa visão de como nossa história deveria ser. Quando percebemos que o amor não se deixa domar, endereçamos a culpa a ele.

Mas é tudo nossa culpa. Nós não sabemos nos deixar levar por ele, perder o controle para ele, não sabemos ser humildes. Não percebemos que o sabor do amor vem justamente dele não ser moldado pelas nossas mãos. O amor não é uma obra humana. Ele apenas vem. Tudo o que temos que fazer é percebê-lo onde ele está e abrirmos nossa vida para seus vários climas, suas várias faces, fases, períodos ensolarados ou chuvosos.

E envolvê-lo. Abraçá-lo. Mimá-lo um pouco. Vivê-lo. Sem a preocupação de marcar os dias felizes no calendário. Porque o tempo do amor não cabe nele. Com sorte, você vai caber na agenda do amor.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Hoje é dia de... escolher

Cena um: ao contar a ideia inicial deste espaço “mais” para um amigo muito afiado, o primeiro comentário dele foi: textos com muitos imperativos, muito “use filtro solar”.

Cena dois: na televisão, Paulo Coelho, comentando sobre campanhas antidrogas, diz que elas deveriam passar a mensagem de que drogas tiram da pessoa o que ela tem de mais importante: o poder da escolha.

Essas duas cenas acabam sendo quase complementares: textos que deveriam nos levar à reflexão caem, com muita frequência, na armadilha da receita pronta. Faça isso, pense aquilo, evite aquela atitude, abrace, perdoe, esqueça, não esqueça. Essas ordens simpáticas são até reconfortantes: é um alívio achar certezas em meio à bagunça que nos cerca, por dentro e por fora, em certas horas! Somos humanos e procuramos quem nos diga o que fazer, desde sempre. Passamos a responsabilidade da escolha adiante com uma alegria desmiolada, sem fazer questão de perceber a fragilidade da coisa.

Porque não vale a pena abrir mão do direito de escolha. Qualquer dependência, ampliando o comentário do Paulo Coelho, acaba com nossa capacidade de optar. Depender do conselho alheio, de uma autoridade moral ou emocional pode parecer cômodo, mas é o desvio de um trabalho que temos que enfrentar, em algum momento.

Temos que ser responsáveis por nossas escolhas, por decidir o que achamos certo ou errado para nossas vidas. Não que seja necessária uma ruptura, uma negação, não que tenhamos que reinventar a roda da análise de tudo. É só usar o filtro – não, não é o solar! – que temos dentro da gente e escolher o que faz parte, ou não, das nossas listas de certos, errados, de aprovações ou rejeições.

Sem imperativos, sempre que possível. É uma promessa!